A construção civil tem gerado empregos de forma consistente. Após uma desaceleração no começo do ano, o setor registrou crescimento no número de vagas com carteira assinada por dois meses consecutivos. Mantido o atual ritmo, espera-se um resultado positivo para o segundo semestre de 2021, confirmando a solidez demonstrada pelo mercado imobiliário desde o início da pandemia.
Os dados consolidados mais recentes são de junho, quando a construção foi responsável por mais de 22 mil novos empregos, uma alta de 0,92% em relação ao mês anterior. Ao todo, quase 180 mil postos de trabalho foram criados apenas em 2021, mesmo com uma queda no número de novas vagas entre fevereiro e abril.
No consolidado de 12 meses (junho de 2020 a junho de 2021), a construção civil foi responsável por cerca de 322 mil novos empregos. Só neste ano, o crescimento foi de quase 8% em relação a dezembro de 2020. Isso coloca o setor em quarto lugar entre os que mais criaram postos de trabalho formais no país.
São números que atestam, acima de tudo, a resiliência do mercado imobiliário. Não bastasse a crise provocada pela pandemia, o setor enfrenta uma alta sem precedentes no custo de seus insumos, particularmente do aço, além de reajustes recentes na taxa de juros que desestimulam novos empreendimentos. Mesmo assim, a despeito das dificuldades, vemos resultados consistentes nos índices de crescimento e geração de emprego há mais de um ano.
A construção civil emprega hoje quase 2,5 milhões de brasileiros. São trabalhadores e trabalhadoras que dependem da estabilidade desse mercado para garantirem o sustento de suas famílias. Isso só reforça a importância de o poder público agir com responsabilidade, garantindo a viabilidade financeira do setor. A economia do país só tem a ganhar.
Autor: Cezario Caram | Diretor Presidente na Construtora Ribeiro Caram Ltda.
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